quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Clip novo da Marisa Monte " Ainda Bem"

Jardim Zen

      
          Sou muito adepta a todo tipo técnica, ou atividades que promovam relaxamento, e principalmente as técnicas orientais! E se alguém não tinha ouvido falar em jardim zen, está ai uma oportunidade de ler sobre tal. E é super interessante e visível o resultado de relaxamento na pessoa. Além de ser um objeto decorativo, pode ser usado para aqueles momentos de stress.
           Você pode encontrar em lojas de decoração, ou em lojas de produtos orientais e esotéricos. Uma dica de loja é a Mundo Verde. Beijos pra todos!!
          O jardim japonês, também conhecido como jardim zen, que vem sendo usado como uma forma eficaz de meditação há mais de três mil anos.
          Uma das grandes vantagens dessa prática é que ela pode ser feita em espaços amplos, como templos, ou em ambientes muito pequenos, como a mesa de trabalho ou um cantinho especial da sua casa. O retângulo de madeira representa o mundo, enquanto as pedras refletem a permanência e a mutabilidade da vida, em contraste com o aspecto fluido da areia.
          A ideia é contemplar o jardim zen nos momentos de estresse e, com a ajuda do ancinho, fazer círculos e ondas na areia. Os adeptos acreditam que esses desenhos imitam o movimento da água, e podem ser comparados à fluidez dos acontecimentos da vida. Além disso, ajudam a acalmar a mente.
          Comece a praticar durante cinco minutos ao dia e, com o passar do tempo, procure fazer linhas cada vez mais harmônicas na areia. Os especialistas aconselham evitar as formas triangulares, pois acredita-se que as pontas deste desenho são como os espinhos, que machucam.

A escolha das pedras

          Segundo a geoterapeuta Simone Kobayashi, as pedras podem ser de qualquer tamanho, desde que se ajustem harmonicamente ao espaço do jardim zen. Além disso, vale misturar pedras de cores, texturas e formatos diferentes, como lisas e ásperas; redondas e achatadas. Mas é importante prestar atenção para não exagerar na quantidade de elementos no jardim. Um espaço adequado para a meditação deve ser sóbrio e simples, livre de distrações visuais.
          "Os números ímpares, especialmente o cinco e o sete, são considerados favoráveis e devem ser mantidos em mente quando a pessoa for escolher a quantidade de pedras do jardim. Já a arrumação desse material deve permitir a livre expressão de sua energia natural, ou seja, as pedras devem ser enterradas parcialmente na areia, com cerca de dois terços de profundidade. Também é importante que elas fiquem dispostas de forma assimétrica. A ponta de uma rocha posicionada para cima simboliza o céu. Já a Terra pode ser representada por uma pedra com linhas horizontais, enquanto outra colocada na diagonal significa humanidade", ensina Simone.
          Além disso, é importante manter as pedras sempre limpas e energizadas. Para isso, basta adotar duas técnicas simples: limpeza física e energética. Primeiro lave as rochas com água, que pode ser de rio, chuva, mar, fonte, poço ou lago. Depois disso use uma escova com cerdas macias para retirar as impurezas e finalize passando um pano de algodão. Já a energização pode ser feita colocando as pedras em uma druza (aglomerado de várias pontas de cristal em uma base única); lavando-as em água corrente ou água com sal grosso; deixando-as expostas à chuva e tempestades ou expostas à luz do sol e da lua.

Informações retiradas do site: http://www.personare.com.br/.

Martha Medeiros


VOCÊ É...

Você é os brinquedos que brincou, as gírias que usava, você é os nervos a flor da pele no vestibular, os segredos que guardou, você é sua praia preferida, Garopaba, Maresias, Ipanema, você é o renascido depois do acidente que escapou, aquele amor atordoado que viveu, a conversa séria que teve um dia com seu pai, você é o que você lembra.

Você é a saudade que sente da sua mãe, o sonho desfeito quase no altar, a infância que você recorda, a dor de não ter dado certo, de não ter falado na hora, você é aquilo que foi amputado no passado, a emoção de um trecho de livro, a cena de rua que lhe arrancou lágrimas, você é o que você chora.

Você é o abraço inesperado, a força dada para o amigo que precisa, você é o pelo do braço que eriça, a sensibilidade que grita, o carinho que permuta, você é as palavras ditas para ajudar, os gritos destrancados da garganta, os pedaços que junta, você é o orgasmo, a gargalhada, o beijo, você é o que você desnuda.

Você é a raiva de não ter alcançado, a impotência de não conseguir mudar, você é o desprezo pelo o que os outros mentem, o desapontamento com o governo, o ódio que tudo isso dá, você é aquele que rema, que cansado não desiste, você é a indignação com o lixo jogado do carro, a ardência da revolta, você é o que você queima.

Você é aquilo que reinvidica, o que consegue gerar através da sua verdade e da sua luta, você é os direitos que tem, os deveres que se obriga, você é a estrada por onde corre atrás, serpenteia, atalha, busca, você é o que você pleiteia.

Você não é só o que come e o que veste. Você é o que você requer, recruta, rabisca, traga, goza e lê. Você é o que ninguém vê

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Caio. F

"Você não existe. Eu não existo.
Mas estou tão poderoso na minha sede que inventei a você para matar a minha sede imensa.
Você está tão forte na sua fragilidade que inventou a mim para matar a sua sede exata.
Nós nos inventamos um ao outro porque éramos tudo o que precisávamos para continuar vivendo.
E porque nos inventamos um ao outro, porque éramos tudo o que precisávamos, para continuar vivendo.
E porque nos inventamos, eu te confiro poder sobre o meu destino e você me confere poder sobre o teu destino.
Você me dá seu futuro, eu te ofereço meu passado.
Então e assim, somos presente, passado e futuro.
Tempo infinito num só, esse é o eterno
."

(Os dragões não conhecem o paraíso, Caio F., p. 65)

Frida Kahlo




''Algum tempo atrás, talvez uns dias, eu era uma moça caminhando por um mundo de cores, com formas claras e tangíveis. Tudo era misterioso e havia algo oculto; adivinhar-lhe a natureza era um jogo para mim. Se você soubesse como é terrível obter o conhecimento de repente - como um relâmpago iluminado a Terra! Agora, vivo num planeta dolorido, transparente como gelo. É como se houvesse aprendido tudo de uma vez, numa questão de segundos. Minhas amigas e colegas tornaram-se mulheres lentamente. Eu envelheci em instantes e agora tudo está embotado e plano. Sei que não há nada escondido; se houvesse, eu veria.'' ( Frida Kahlo)

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Felicidade Realista- Mario Quintana

                                          

        
                                             FELICIDADE REALISTA

          A princípio bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos. Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis. Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas. E quanto ao amor? Ah, o amor... não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar a luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito. É o que dá ver tanta televisão. Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista. Ter um parceiro constante pode ou não, ser sinônimo de felicidade. Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com um parceiro, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio. Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo. Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de criatividade. Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável. Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno. Olhe para o relógio: hora de acordar É importante pensar-se ao extremo, buscar lá d entro o que nos mobiliza, instiga e conduz, mas sem exigir-se desumanamente. A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se. Invente seu próprio jogo. Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade. Ela transmite paz e não sentimentos fortes, que nos atormenta e provoca inquietude no nosso coração. Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade.

( Mario Quintana)

Paulo Freire




" Não é possivel estar no mundo sem fazer história, sem por ela ser feito, sem fazer cultura, sem sonhar, sem cantar, sem pintar, sem exculpir, sem cuidar da terra, das águas, sem filosofar, sem pontos de aprender, sem ensinar. "
( Paulo Freire)

terça-feira, 20 de setembro de 2011

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

A liberdade que aprisiona

A liberdade que se quer conquistar é a mesma que te prende assim nos coloco a pensar...
A sociedade e suas instituições sempre tentaram moldar as pessoas. Com seus dogmas, conceitos, regras, leis, ditaduras e todas as formas de repressões.
A história é a marca viva das lutas e guerras contra a prisão do espírito. Muitas batalhas foram travadas, revoluções, e revoltas foram criadas em torno de sistemas rígidos e aparentemente indissolúveis.
Pessoas pintaram a cara, queimaram sutiãs, tiraram a roupa, foram torturadas, enfrentaram batalhas colocando em risco a própria vida. Isso tudo, pois foram em busca de maior liberdade de expressão, direitos iguais, dignidade, respeito e mudanças. E com certeza as maiores mudanças foram marcadas por grandes espetáculos.
Chegamos então em um momento da história, onde aparentemente acontece uma conformidade coletiva. As mudanças são poucas e o conformismo enorme. E ai surgem dúvidas quanto á grande liberdade que se conquistou. O enorme espaço para ser o que se quer ser sem pensar no amanhã.
A liberdade de expressão é tamanha que não se estabelece limites nem para uma criança quando deseja algo contra a vontade dos pais. Uma cultura onde tudo é permitido traz coisas boas, mas ao mesmo tempo assusta. Fica sempre a dúvida se estamos evoluindo ou se nos perdemos em meio a tanta falta de limites.
Todos querem ser super homens e mulheres maravilhas, mas esquecem as armas para a luta, e ficam só com a fantasias. Coisas superficiais dominam a televisão e a rede de informações, falar sobre o ser humano, e sobre os sentimentos que este vivencia se torna algo careta, sem graça.
O bom da atualidade é estampar a cara do que se quer ser, comprando o carro da moda, o cabelo da atriz da novela, roupas de marcas, fazendo plásticas e implantando silicones e toxinas botulínicas para estampar o que se quer ser e o que se exige que seja. Devemos estar na moda até em comportamentos distorcidos.
A caminhada foi grande para chegar aonde chegamos, mas aonde na verdade chegamos? Aonde iremos chegar?
As caras pintadas de hoje, são pessoas mascaradas, com muito blush e pó, para esconder o que não é permitido mostrar.  Ainda vivemos sobre sistemas rígidos, mas conformamos e aderimos a tudo o que é criado, estar na moda é regra e lei. Assim, ficamos a mercê do caminhar da indústria tecnológica e da beleza, e continuamos sendo moldados.
Paula chaves

José Saramago

"Fizemos dos olhos uma espécie de espelhos virados para dentro, com o resultado, muitas vezes, de mostrarem eles sem reserva o que estávamos tratanto de negar com a boca".
( José Saramago)

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Curiosidades

      
O Filtro do Sonho (dreamcatcher) ou teia do sonho são mandalas de cura criadas pelos índios norte-americanos. Quando dormimos, nossos sonhos sofrem influências de boas ou más energias. A função do filtro é a de nos proteger, capturando energias indesejadas, que se desfazem com a luz do sol.
       O aro do filtro simboliza a roda da vida, e a teia são nossos sonhos, os que sonhamos quando dormimos e os sonhos de nossa alma, e as energias são as que estão ao nosso redor.
       O Centro é o Grande Espírito, o Espírito Criador, o Grande Mistério. O Filtro dos Sonhos é um objeto de Poder, medicinal. Existem vários tipos de filtros, um muito parecido com uma teia de aranha, em espiral, tendo 8 pontos como base, que correspondem às 8 direções sagradas. Outros usam um filtro mais simples, onde há apenas uma pedra no centro da teia, e uma única pena pendendo sob ele, porque acreditam que um filtro não deve ser carregado de enfeites para não perder sua função.
       Cada tribo atribui um significado a essa mandala. Para alguns a mandala é formada por várias partes que têm um simbolismo:
- a parte de cima, um bambu com penas, trabalha a cabeça,
- a argola mexe com o corpo físico e a aura,
- a teia envolve o emocional,
- o que fica pendurado representa a energia que a pessoa está vivendo no momento.
       As pedras colocadas no filtro têm uma conexão com a roda medicinal dos índios, que era montada com pedras. Cada uma faz uma conexão: uma ensina a ter clareza, outra limpa mágoas, outra trabalha a cura e outra lida com medos.
       Ao confeccionar um filtro dos sonhos, colocamos nosso espírito e nossa energia, que transformarão esse simples objeto num objeto de poder. Ao construí-lo, mexemos com nossa energia, ao tecer a teia vamos nos conscientizando de nossas potencialidades, alterarmos nosso estado de consciência, nos limpamos, harmonizamos e trazemos ao nível do consciente Sonhos e desejos esquecidos. Portanto estes instrumentos de poder mexem com os nossos arquivos mais íntimos, com nossa energia, e são canalizadores.
Ele nos colocará em contato com esse mundo. Mesmo de posse do filtro teremos pesadelos, mas receberemos como lições a serem aprendidas. O filtro impedirá que energias indesejadas interfiram no processo natural e particular de sonhar, que é de onde vem o nosso grande aprendizado.
       Se nós queremos criar um filtro dos sonhos, nós também temos que invocar uma onda mágica para proteger nossos sonhos e chamar com força os bons espíritos da noite para nos dar inspiração e insights para nos dar habilidade, para resolvermos facilmente os problemas diários, nos fortificar, e nos proteger quando dormimos . (informações baseadas no texto de Menkaiká encontradas no site http://www.xamanismo.org/artigos/dreamcatcher.htm)




"A arte é a expressão da mente,nossa vida é nossa arte"  (John Lennon)

As forças que regem

 
As forças que regem 
Engraçado como as energias são forças transmutadoras. De alguma forma o emprego de energia gera uma reação. Vejamos que existem diversos tipos de energia, como energia nuclear, energia eólica, elétrica, solar, térmica, e mais algumas outras. O que vejo em todo estudo de energias e suas forças, é que todas promovem mudança no estado do objeto.
Trazendo isso para nossa vida mental, podemos traçar um paralelo interessante com a energia vital e outras energias, como a libido, as sinapses, impulsos nervosos dos neurônios, e até usando a linguagem psicanalítica, nossas pulsões.
Vamos pensar então, em como despendemos energia com pensamentos, que são na verdade segundo Freud, o ensaio da ação. E se de alguma maneira despendeu-se muito de energia para algum pensamento, este com certeza influenciará na ação. Imaginem também, quantos tipos de energias nos influenciam o tempo inteiro, as externas e as internas. Até mesmo para cortar cabelo, as algumas pessoas aguardam a influência da lua certa para surtir o efeito desejado no corte.
Cada tipo de pensamento e energia despendida para algo será importante para modificar nosso humor, raiva, amor, trabalho, relacionamentos e sentimentos em geral.  E quantas pessoas nós “contaminamos” com tipos de energias, já que energia modifica o objeto.
Enfim, não quero pensar em uma questão holística da palavra energia, mas no significado que ela traz para mim em situações diversas.  Cada ambiente me traz uma cor, cheiro e energias diferentes. Assim como as pessoas.
Pessoas que funcionam altamente elétricas, mas são positivas, contaminam o ambiente de “vida”. Já pessoas que funcionam com pensamentos negativos, contaminam o ambiente de “morte”.
         Imaginem quantos lugares e coisas nos modificam.  E pensem nas emoções que nos despertam. O mar, um circo, uma escola infantil, asilo, hospital, presídio, rodoviária, aeroporto, igreja, bar, nossa casa, e também animais como: o leão, o macaco, com esse ai as pessoas já esperam dar boas gargalhadas, cachorro, gato, porque será que tantas pessoas têm aversão a gatos?
Se pensarmos bem, cada coisa, lugar ou pessoa, nos modifica o tempo inteiro, mas na verdade o que nos modifica é a reação química gerada pelo pensamento a respeito do que está sendo visto ou pensado. Claro que nem sempre podemos escolher o que enxergamos, escutamos ou vivenciamos. Mas podemos modificar, e este é o ponto mais importante.  As forças que regem nossa vida não dependem somente do externo, e por isso modificar pensamentos, transmutar o negativo para o positivo, pode parecer utopia, mas funciona sempre, em favor de você e do outro. Se fosse fácil seria ótimo, despende-se muita energia, mas o resultado será proporcional!
Beijos
Paula Chaves




segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Reflexões sobre o incomparável Freud


Acabo de voltar do congresso brasileiro de psicanálise com muita bagagem boa! E mais uma vez a confirmação de que Freud tem seu lugar de gênio não por sua inteligência, mas sua maneira de existir até hoje nos consultórios de psicologia. Suas idéias foram o pontapé inicial para muitos pensadores e psicanalistas famosos. E achei super interessante, que em uma das palestras que assisti, foi dito que ele tanto era sábio, que em suas reuniões de quarta feira com outros psiquiatras e psicanalistas para discussões de casos, muitos diziam: “mas de acordo com Freud e seus escritos, este tipo de patologia seria explicado..." E isso acontecia mesmo com sua presença no local, tão forte sua influência teórica.
É preciso admitir sua importância na vida da Psiquiatria e Psicologia. E é incrível como existem psicanalistas com todas as suas formações e anos de análise que vão tomando características parecidas com Freud, tamanha é a introjeção de suas idéias! Mas sempre é maravilhoso ouvi-los falar.
O que tenho a dizer é que ser Psicanalista é maravilhoso, um mundo de insights e descobertas, uma busca pelo conhecimento de inigualável prazer, a descoberta do mundo oculto da mente, a clareza com que se entende situações cotidianas, e a certeza de que o grande centro de todas as teorias psicanalíticas,o nosso grande líder, é realmente um homem memorável e de absurda influência mundial até hoje.

            Paula Chaves

Gabriel García Márquez

 
 
"Descobri que minha obsessão por cada coisa em seu lugar, cada assunto em seu tempo, cada palavra em seu estilo, não era o prêmio merecido de uma mente em ordem, mas, pelo contrário, todo um sistema de simulação inventado por mim para ocultar a desordem de minha natureza. Descobri que não sou disciplinado por virtude, e sim como reação contra a minha negligência; que pareço generoso para encobrir minha mesquinhez, que me faço passar por prudente quando na verdade sou desconfiado e sempre penso o pior, que sou conciliador para não sucumbir às minhas cóleras reprimidas, que só sou pontual para que ninguém saiba como pouco me importa o tempo alheio. Descobri, enfim, que o amor não é um estado da alma e sim um signo do Zodíaco."

Gabriel García Márquez – Memórias de minhas putas tristes

LA SOLITUDINE NA PÓS-MUDÊRNIDADI

LA SOLITUDINE NA PÓS-MUDÊRNIDADI

As pessoas sentem-se cada vez mais e mais incapazes do verdadeiro Encontro, do prazer de relaxar e se sentir à vontade ao lado de alguém. Sem enquadre, sem precisar falar sem parar, sem ter "algo a resolver". Esse "frenesi do acontecimento", estimulado pela societé du espectacle, fere nossa criatividade de todo.
 
[Curioso como as pessoas acham que Debord em a "A Sociedade do Espetáculo" (1967) tava escrevendo um livro sobre a mídia. Não!! O espetáculo é o império da representação sobre o representado, da mediação sobre o mediado, do concebido sobre o vivido, da política e da economia sobre a sociedade, etc. Tudinho numa perspectiva marxiana de crítica do fetiche da mercadoria]
 O celular é um significante... insignificante. Seria loucura desdenhar o avanço tecnológico que ele representa, as facilidades que traz e tals. Mas caiu-se na velha hybris grega, e, ao invés de benefícios, acontecem muuuuitas vezes distorções sem fim.
O sociólogo Zygmunt Bauman exemplifica essa perversão da comunicação falando dum carinha que durante a viagem de metrô liga várias vezes dizendo "estou na estação tal e etc&etc&etc". Até que chega em casa, passa por todos sem cumprimentar, entra no quarto e se tranca durante horas.
Formas de existir...
Um amigo comentou, outro dia, sobre este ser-no-mundo impeditivo do encanto, da vertigem. Pessoas que ele vê sair do cinema, comentam sobre um filme interessante, três ou duas palavrinhas, geralmente adjetivos, e no momento seguinte "sabe o que eu comprei ontem?!!"

Retirado do site: http://www.psicorama.com/

terça-feira, 6 de setembro de 2011

E por falar em Psicanálise...

Congresso - Limites: Prazer e Realidade

Amanhã estarei em Ribeirão Preto participando do XXIII Congresso Nacional de Psicanálise, e por isso, me ausentarei de quarta- feira à segunda- feira. Aproveitando o aviso, deixo para os psicólogos um vídeo relatando um pouco sobre o congresso, e para quem não fez a inscrição, ainda dá tempo!! Beijos

Jorge Fobes - Sobre o neurótico



"Freud construiu a psicanálise como teoria e técnica de tratamento dos efeitos do recalque. Para ele, todo ser humano teria tido um dia, na vida, uma experiência de satisfação, muitas vezes representada pelo aleitamento, pela presença de alguém, de um corpo, de uma situação que o completava. Ao longo da vida, o sujeito perde essa sensação de bem-estar, quando surgem situações que diferem da primeira e chega outra pessoa que não aquela. Ao deparar com o Outro, ele percebe que não é um, que não é inteiro. Por isso já se disse que o neurótico não gosta de inteiro. Diante do inesperado, ele se aferra ao mesmo:
- Você mudou de perfume?
(...) Na neurose acredita-se que vai recuperar algo que se perdeu. Por isso o neurótico pensa que amanhã será melhor, sempre adiando decisões. É, por excelência, o indeciso. Uma vez que decidir implica uma perda, não suporta decidir, procurando alguém que o faça por ele".
(Você quer o que deseja?, Jorge Forbes)

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Jung

Marilyn Monroe


"Nao me alimento de 'quases', nao me contento com a metade! Nunca serei sua meio amiga, ou seu meio amor.. é tudo ou nada." ( Marilyn Monroe)

Limpar para renovar


Limpar para renovar
Limpar tem um significado amplo quando paramos para pensar em tal ação. Quando limpamos algo que estava sujo, a sensação é de renovação. Quantas vezes nos pegamos em meio a tanta correria cotidiana, tanto compromisso, tantas obrigações, que acumulamos coisas. Esquecemos de olhar para o lado e nos preocupar com a gaveta de documentos, ou a bolsa cheia de coisinhas jogadas, a caixa em cima do armário com tralhas de recordações. Aquele armário então com roupas que você nem usa, mas um dia vai doar, e esse dia nunca chega.
Preocupar em fazer limpezas, é buscar viver mais leve. É não ter que carregar o peso de saber que algo está uma bagunça, deve ser arrumado, mas foi adiado. O que é interessante, é que a palavra limpar tem como significado no Latim: limpidus, “transparente, claro, límpido”. E mais interessante ainda, saber que isso tem um enorme significado para nossa vida. É como se toda aquela sujeira e bagunça acumulada fosse entrando pelas arestas de nossa alma, de nossa mente, pesando, incomodando. E quando aquilo é retirado, sentimos uma sensação muito prazerosa.
Quantas pessoas conseguem adaptar sua vida em meio à bagunças e tralhas. Isso nos remete à quão bagunçada deve ser a forma como essa pessoa leva a vida. É assustador ver como as pessoas acustumam com esse tipo de coisa. Organizar e limpar, já é o primeiro passo para uma melhora na vida de alguém. Com organização as coisas fluem, a sensação de bem estar melhora a disponibilidade de aceitar os problemas cotidianos.
Acúmulo de coisas nos remete também á apego, e quanta roupa ou objetos guardamos sem a mínima utilidade, se doássemos, outras pessoas fariam um ótimo e proveitoso uso.
Se cada coisa tiver seu lugar, assim também será em nossa vida. Se acumulamos coisas nas caixas, gavetas, bolsas, é porque acumulamos coisas na nossa alma que poderiam ser descartadas. Se acostumamos com a sujeira, é porque acustumamos com o pouco que nós mesmo podemos nos oferecer: bem estar.
Limpar o externo, que é sempre mais fácil, facilita a limpeza interna. Tenho me policiado quanto à isso, e faz toda a diferença. Deixo para você esta dica de não se acustumar com o sujo, o estragado, o exagero, o acúmulo, o velho. Ao invés disto, doar, limpar, renovar, economizar. Uma troca que rende bons fluidos, boas vibrações, e alma lavada.

Paula Chaves

sexta-feira, 2 de setembro de 2011


"Nossas digitais jamais se apagam da vida das pessoas que nós tocamos."

Retirado do filme "Lembranças".

OSHO

Já que estamos falando de setembro, o mês da chegada da primavera, deixo um pensamento metafórico do OSHO sobre a primavera interna, interessante! Bjs!


Assim como a primavera é muito amada pelas árvores, pássaros e peixes... Você não conhece sua primavera espiritual íntima. Ela ainda não veio, você ainda não a convidou. A primavera exterior vem e vai, vem e vai, mas a primavera interior só vem e nunca vai. É uma primavera eterna. Suas flores são flores da eternidade.
Uma vez iluminado você fica para sempre iluminado. Não há nenhum modo de voltar atrás. Quão mais esplendorosa e quão mais milagrosa será a primavera interior! Mesmo a exterior é tão grande; a interior não é apenas quantitativamente grande, ela é também qualitativamente grande.
A busca da verdade é a busca da primavera interior.
OSHO

Welcome September

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Arnaldo Jabor



Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho sem necessariamente ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico, fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão "apenas" dormir abraçados, sabe, essas coisas simples que perdemos nessa marcha de uma evolução cega.
Alô gente! Felicidade, amor, todas essas emoções nos fazem parecer ridículos, abobalhados, e daí? Seja ridículo, não seja frustrado, "pague mico", saia gritando e falando bobagens, você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta. Antes idiota que infeliz! ( Arnaldo Jabor)

Martha Medeiros- Pudim

PUDIM

Não há nada que me deixe mais frustrada do que pedir Pudim de sobremesa, contar os minutos até ele chegar e aí ver o garçom colocar na minha frente um pedacinho minúsculo do meu pudim preferido. Uma só.

Quanto mais sofisticado o restaurante, menor a porção da sobremesa. Aí a vontade que dá é de passar numa loja de conveniência, comprar um pudim bem cremoso e saborear em casa com direito a repetir quantas vezes a gente quiser, sem pensar em calorias, boas maneiras ou moderação.

O PUDIM é só um exemplo do que tem sido nosso cotidiano. A vida anda cheia de meias porções, de prazeres meia-boca,de aventuras pela metade. A gente sai pra jantar, mas come pouco.Vai à festa de casamento, mas resiste aos bombons. Conquista a chamada liberdade sexual, mas tem que fingir que é difícil (a imensa maioria das mulheres continua com pavor de ser rotulada de 'fácil').

Adora tomar um banho demorado, mas se contém pra não desperdiçar os recursos do planeta. Quer beijar aquele cara 20 anos mais novo, mas tem medo de fazer papel ridículo. Tem vontade de ficar em casa vendo um DVD, esparramada no sofá, mas se obriga a ir malhar. E por aí vai.

Tantos deveres, tanta preocupação em 'acertar', tanto empenho em passar na vida sem pegar recuperação...
Aí a vida vai ficando sem tempero, politicamente correta e existencialmente sem-graça, enquanto a gente vai ficando melancolicamente sem tesão... Às vezes dá vontade de fazer tudo 'errado'. Deixar de lado a régua, o compasso, a bússola, a balança e os 10 mandamentos. Ser ridícula, inadequada, incoerente e não estar nem aí pro que dizem e o que pensam a nosso respeito. Recusar prazeres incompletos e meias porções.

Até Santo Agostinho, que foi santo, uma vez se rebelou e disse uma frase mais ou menos assim: 'Deus, dai-me continência e castidade, mas não agora'...

Nós, que não aspiramos à santidade e estamos aqui de passagem, podemos (devemos?) desejar vários pedaços de pudim, bombons de muitos sabores, vários beijos bem dados, a água batendo sem pressa no corpo, o coração saciado. Um dia a gente cria juízo. Um dia. Não tem que ser agora.

Por isso, garçom, por favor, me traga: um pudim inteiro um sofá pra eu ver 10 episódios do 'Law and Order', uma caixa de trufas bem macias e o Richard Gere, nu, embrulhado pra presente. OK? Não necessariamente nessa ordem.

Depois a gente vê como é que faz pra consertar o estrago . . .

Comer, Rezar, Amar


A gente precisa ter o coração partido algumas vezes. Isso é um bom sinal, ter o coração partido, quer dizer que a gente tentou alguma coisa."

(Comer, Rezar, Amar)
       Olá para todos! Recebi uma reclamação no blog, o que eu acho muito construtivo, pois nunca tive um blog, e nem a mínima idéia de como seria atualizar um deles, e criticas são para que a gente possa aprimorar.
       Pois bem, reclamaram que eu não respondo todos os comentários, e muitas vezes, fica a impressão de que eu nem leio. Bom, queria deixar claro para vocês, que leio todos os comentários, e que respondo um ou outro, quando tenho mais disponibilidade. Vou tentar responder mais, e se eu não responder, não significa que eu não li. Estou adorando a participação de vocês no meu blog e dos comentários então nem se fala. Beijos, beijos, beijos!